Carta no papel de pão

Por ti andei milhas

Milhas, meliante andou sem rumo

Fui ao longe ver que o simples se nota distante

Por ti cantei sonatas, serestas, sonantes

Por ti, somente por ti, fui buscar o que não se fácil acha

Tranquei meu coração, fui sem ele para não perder-me no caminho

Por ti, o mal terrível enfrentei,

cruzei ruas, atravessei vielas

Corri o mundo para ti dar o mundo, capturei os ventos, para que meu sopro sejas te tua brisa

Por ti fui a Terra, subi a Marte, conversei com Júpiter, pedi-lhe a poção do amor, que por ele foi negada

Por ti falei de frente com as estrelas sem medo dos olhares intimidadores que elas ousam dar, percorri toda a constelação em busca do presente mais puro que poderia lhe trazer

Tentei seqüestrar o por do sol para lhe dar, o barulho do mar, a suavidades dos ventos matinais.

Por ti escrevi neste papel de pão tudo que ousaria fazer para ti ter.

guido campos
Enviado por guido campos em 31/10/2008
Código do texto: T1257882
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