PELA BRISA DA MADRUGADA
Naquele lugar sem nome
Onde te calhei encontrar
Foram os astros
E a força de um certo destino
Que me fizeram
Lá
Apaixonar
Por Ti
Por uma imagem
Por tudo
Pela falta
Ou o excesso de razão
Descobri
Que só se é feliz
Quando se amam
Demasiadas coisas
Quando se ama
E toca a Imensidão
Sentindo
Bem no nosso interior
Que nunca
Há realmente o vazio
Quando sinto
Ou percebo
Que algo
Está comigo
Numa luz
Que ninguém repara
Imagens de muitas coisas
Passado
Presente
E futuro
Que eu não sei
Muito bem
Onde param
O mapa
É impreciso
Sei que estão
Algures dentro de mim
E que fazem
Com que eu seja feliz
Como um Deus
Que passa
Pela Brisa da Madrugada
Sentindo a plenitude
De todos os seus mundos
Todo o seu afecto
Todas as coisas
Que desejou
Ter criado
Mas que fazem dele
Alguém
Realizado
Porque a espuma do mundo
Luminosa
Inunda os seus dias
De incerta imortalidade
Dum todo completo
Que está
Pela vida
Apaixonado
Nessa portentosa
E indizível
Alegoria …