Espera
Vive em mim
a menina travessa
de cabelos longos
que te amava tanto.
Vive recôndita em mim
essa menina.
Por entre os vincos
de minha face,
teimosamente, sobrevive
triste menina.
Nos subterrâneos de meu ser
habita essa menina,
perdida no vazio do futuro,
nas sombras do passado,
sem repostas, sem saídas,
à beira de um abismo.
De minhas entranhas
espreita-me, essa menina.
Vive dentro de mim
como se tempo não houvera,
se morte não houvera.
De certa forma ainda espera
uma palavra,
um derradeiro gesto teu
para ir-se embora em paz.
Cuiabá, 29 de Outubro de 2008.
Livro: REALEJO, páginas 106 - 107
Vive em mim
a menina travessa
de cabelos longos
que te amava tanto.
Vive recôndita em mim
essa menina.
Por entre os vincos
de minha face,
teimosamente, sobrevive
triste menina.
Nos subterrâneos de meu ser
habita essa menina,
perdida no vazio do futuro,
nas sombras do passado,
sem repostas, sem saídas,
à beira de um abismo.
De minhas entranhas
espreita-me, essa menina.
Vive dentro de mim
como se tempo não houvera,
se morte não houvera.
De certa forma ainda espera
uma palavra,
um derradeiro gesto teu
para ir-se embora em paz.
Cuiabá, 29 de Outubro de 2008.
Livro: REALEJO, páginas 106 - 107