O que há a seguir?

Ao céu?

Apenas mais e mais céu

Com estrelas até perder de vista

Mas nunca, jamais, do olhar da alma

Pois a minha alma nada é sem essas estrelas

A um poema?

Mais um poema

E mais um…

Até à impossibilidade

(talvez infinita)

de as palavras se esgotarem

até me encontrar finalmente perante o invisível

Ao amor?

Apenas melhor amor

Até a minha alma se esvair

Em afectos infinitos

A ti?

Mais uma

E mais uma

Até tudo aquilo que sinto

E me faz eternamente navegar em mares turbulentos

Encontrar um porto

Que me faça parar

E dormir por fim descansado

Sem pensar que nos dias seguintes

Terá lugar uma nova odisseia de incertezas

Que poderá muito bem ser ao teu lado

O que há a seguir?

Dezembro de 2005

Poema protegido pelos Direitos do Autor