MUDA

Que pensas tu

Sobre o que

Não te digo

Quando em agonia me imploras

Em um sofrego gemido.

Nada dizes.

Não susurras.

Do silêncio és prisioneira,

Mas ouço, sempre, de teus olhos

As palavras verdadeiras.

Pobre menina...

Do silêncio guardiã.

Tivesse eu poder infindo,

“P’rá” falar-me do teu mundo,

Dar-te-ia língua sã.

Jairo Borges
Enviado por Jairo Borges em 28/10/2008
Código do texto: T1252607
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