MUDA
Que pensas tu
Sobre o que
Não te digo
Quando em agonia me imploras
Em um sofrego gemido.
Nada dizes.
Não susurras.
Do silêncio és prisioneira,
Mas ouço, sempre, de teus olhos
As palavras verdadeiras.
Pobre menina...
Do silêncio guardiã.
Tivesse eu poder infindo,
“P’rá” falar-me do teu mundo,
Dar-te-ia língua sã.