O BANQUETE DO AMOR

Eu me convido para ser um atrevido invasor de tuas intimidades;

E renuncio às nulidades que almejam me apartar de certas ousadias;

Não me importo com ausência de garantias, nem leio cartilhas de moralidades;

Excessos de castidades patenteiam muitas falsidades desses dias!

Não me obrigo a obter autorização para te perseguir;

Pois teu corpo já anda por aqui e me procura em teu segredo;

Não vou ter medo de te amar e nem abdicar de te possuir;

Quem é metade não pode desistir de seu direito a ser inteiro!

Oposições e pressupostos não desfalecem minha designação;

De com obstinação, complementar o teu fantasiar com meus impulsos;

Adaptar os meus ponteiros aos teus fusos, nortear tua desorientação;

Incendiar-te de clandestina paixão e ser a combustão de teus pavis curtos!

Seja como for, eu sou teu rei desde agora;

Te quero por dentro e por fora, te decreto nascida pra mim;

Como o perfume que pertence ao jasmim, como o sol é servo da aurora;

Te invadirei sem mais demora pra dar início a esse banquete sem fim!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 28/10/2008
Código do texto: T1252535
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