Pacto das Almas
Amor dos amores, só contigo posso viver, ou não viverei,
de nada adiantará me embrenhar alhures, onde não fores,
não haverá nenhum roseiral sem as flores que antes amei,
meu rosto vê o teu pálido e fatigado em busca,em dores,
mas minh’alma íntima a tua, meu amor, num doce sarau,
pressentindo as carícias secretas que trocaremos nos ares,
mil juras te faz melodiosamente, em nuvem branca de cal,
que se pigmenta de amor, chuviscado dos astros estelares!
Saltou aos olhos meus melancólicos tua promessa de vida,
jamais esquecida, pela qual vivo os meus dias te olhando,
nesta imensidão etérea me buscando suas mãos esticadas;
assim insistindo, meu amor perfeito acabará te abraçando!
De soluç’em soluço me carrega a alma nervosa, florescida,
feito o botão enrustido prestes a rebentar na imortalidade,
que nos espera na morada de sol que tem coração radiante,
para o abraço imortal e beijo perene que sela a eternidade!
Santos-SP-19/03/2006