sempre aquela vontade
sempre aquela vontade de te ver
te deter
na forquilha do meu pensamento
sempre aquela vontade de te ter
de te ver
no limite do entristecimento
sempre aquela vontade de azular
de pintar
a tua imagem da cor de um alimento
sempre aquela vontade de sanar
de zerar
a inanição de que te faço o meu tormento
sempre aquela vontade de correr
de não ser
mais que uma estrela no firmamamento
sempre aquela vontade de morrer
de ceder
à tua ausência que me causa o sofrimento
Rio, 27/10/2008