Fio de saudade
Hoje, meu peito teceu um fio
de saudade dedicado a você.
Você, de tempos outrora
tardios que, de repente,
em uma manhã de calor intenso
e melancolia, ressurgiu
dos escombros da dor.
Uma saudade raramente
sentida que transportou
o pensamento ao passado
que se perpetua no presente.
O amor não tem visitado
a minha alma há tempos.
Talvez seja essa a causa
da saudade dorida,
do pensamento sentido,
da falta que a pele
sentiu do seu calor.
É o tempo que traz
nas suas dobras a saudade
e me leva junto dela
remexendo os sentimentos,
tornando-os confusos
e incertos.
Mas o tempo passou, e
durante esse longo percurso
não trouxe você de volta,
não reatou os velhos
laços e não fez as rosas
florescerem de novo
em minha alma.
Aqui, apenas o fio de
saudade tenta, sutilmente,
me prender a você.