OFEGANTES
Psssiiiuuuu!!! Silêncio!
Estou pensando.
- Em quem?
Perguntei-me curioso,
respondi apressado:
Numa mulher
da carne quente,
sedenta e macia
que em êxtase,
ânsia e agonia,
queira do amor
fazer poesia
e com poesia
dar, receber,
se entregar...
Corpos e almas,
toques suaves e quentes;
compassos lentos,
constantes,
invadindo espaços,
redescobrindo horizontes.
Passo a passo,
audaciosos passeios
implacáveis sedentos
de águas que jorram
abundantes das fontes.
Perpassam linhas,
dobras e pêlos.
Curvas, coxas, costas;
afagam nucas e cabelos,
descansam por entre
ventre e seios,
angústias,
cansaços e anseios.
Tentam em vão,
de todos os meios
fazer o tempo parar.
São corpos loucos,
mais se inflamam.
Ofegantes,
suspiram roucos,
querendo, jamais,
separar...
E, lentamente,
sempre aos poucos,
relutantes, corpo e alma
agora, um do outro, distantes
fogem para se encontrar...
Psssiiiuuuu!!! Silêncio!
Estou pensando.
- Em quem?
Perguntei-me curioso,
respondi apressado:
Numa mulher
da carne quente,
sedenta e macia
que em êxtase,
ânsia e agonia,
queira do amor
fazer poesia
e com poesia
dar, receber,
se entregar...
Corpos e almas,
toques suaves e quentes;
compassos lentos,
constantes,
invadindo espaços,
redescobrindo horizontes.
Passo a passo,
audaciosos passeios
implacáveis sedentos
de águas que jorram
abundantes das fontes.
Perpassam linhas,
dobras e pêlos.
Curvas, coxas, costas;
afagam nucas e cabelos,
descansam por entre
ventre e seios,
angústias,
cansaços e anseios.
Tentam em vão,
de todos os meios
fazer o tempo parar.
São corpos loucos,
mais se inflamam.
Ofegantes,
suspiram roucos,
querendo, jamais,
separar...
E, lentamente,
sempre aos poucos,
relutantes, corpo e alma
agora, um do outro, distantes
fogem para se encontrar...