QUE ME QUEIRAS

Olhando o noturno firmamento, eu vi o teu sorriso naquele astro

Reeditando em meu íntimo alabastro a tremulante bandeira dessa saudade

Desde então tua feição me invade e somente nela sinto que me basto

Buscando teu rastro, sentindo o teu perfume pelas esquinas da cidade!

Por todo chão eis que mensuro esse protesto de abandono

Do meu destino deixo de ser dono, passando a navegar em pesadelos

Que me roubaram o aroma de teus cabelos e me divorciaram do sono

Sou gigante feito gnomo, uma sombra que te persegue em seus apelos!

Diminuído pela persistente fluidez vertida em pranto

Vestida em platônico manto, eu te contemplo pelas planícies do impossível

Lembrando o que já foi tangível, nossos momentos rememorando

Em meus pedaços te remontando e assim alçando até o inatingível!

Clamando à tua inconsciência, falando ao teu adeus

Que esses versos são teus, que te pertence todo meu ser

Que o amor me proibiu te esquecer na fé desses delírios ateus

A fim de que os argumentos desses prantos meus a ti convençam novamente me querer!

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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor

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Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 27/10/2008
Reeditado em 09/01/2013
Código do texto: T1250899
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