Amor-poesia e flor. Dádivas aos esquecidos.
 
 
Flores: Ditosas, perfumosas, amorosas, transcendentes, emolientes, calientes. Flores!
Flores: Invasivas das minhas narinas enfermiças. Dadivosas. Flores!
Flores: Licores doces dos teus amores espremidos aos estertores das pétalas – Perfumes. Flores!
Flores: Lamuriosas rosas brancas vernais colhidas aos ventos poéticos das saudades imortais. Flores!
Flores: Colhidas, mastigadas, encerradas-descerradas, chás invernais. Flores!
Flores: Saudades pendentes amores desfalecentes- soluções – crentes. Flores!
Flores: Chocolates amargos doadores de convincentes calores-vermelhos. Vermelhas. Flores!
Flores: Convulsivas despedidas, explosivas cores esquecidas nas lapides marmorizadas-feridas. Flores!
Flores: Cruzes és souzas das cores desacertas nos desertos corações esquecidos aos plenos pulmões, poetas dos versos vendidos aos reais carcomidos nestes novos tempos de livros esquecidos, dores minhas – tuas dores. Flores.
Flores: Fuzis, canhões, caramanchões, esconderijos, vestígios deixados pelos parias das literaturas egoístas. Flores!
Flores: Das rainhas embevecidas, prostitutas carcomidas, senhorinhas reprimidas, ais e tais morais, tens os mesmos odores dos teus licores, Alphonsus, teus temores-versos ricos. Ricas. Flores!
 
 
" O essencial da arte é expremir; o que se exprime não interessa" 
                          Fernando pessoa
Olimpio de Roseh
Enviado por Olimpio de Roseh em 26/10/2008
Reeditado em 26/10/2008
Código do texto: T1249614
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