ALÉM DOS NOSSOS LIMITES
Sobrevivemos de pensar no ar. No ar de amar e de nunca imaginar. De nunca imaginar o que é ter dor; e não ter dor por nunca duvidar Do amar do amor! De um amar sem predicado, sem sujeito indefinido; com num gesto assim tão vago, como um gesto assim tão impulsivo! Ou tão possível que chega às raias do impossível. De tudo aquilo que improvisamos... por trás de nós, por trás da vida, por trás dos panos. Daquilo que consideramos mais real e humano. Muito além de nós, muito além dos nossos limites. Mas tolerável até certo ponto; até onde o encontro de nossas bocas... Sobressai-se ao conto.