MADRUGADAS
Tentei descrever as madrugadas de
uma forma simples, onde se ouve choros,
palavras de desconforto e onde também,
se encontram esperanças esparramadas pelo chão.
Lamentos então, são corriqueiros,
pode-se encontrá-los em cada esquina,
bem ao feitio da trivialidade.
Madrugadas, almas despedaçadas,
confissão de desamores de uma
multidão, palavras perdidas na imensidão,
gemidos em forma de oração...
Antes do sol nascer, conheci parceiros
que dançavam como um par de borboletas,
ao som de músicas contendo doçura quase real, para mim, evento incomum...
Mas que ação impensada a minha, presenciar atrocidades
pungentes como forma de
compensar um fato ocorrido comigo em uma dessas madrugadas....
De forma específica, igualmente desenvolvi antes do sol
nascer, uma procura, não
sei bem do quê, talvez um esfrangalhado sentimento.
Acabei despertando abraçado comigo mesmo, sempre esquecido e
prostrado em muitas sarjetas...