Velejos de noites calmas
Há tantas coisas rolando lá fora,
tantos jovens se amando agora!
E eu aqui sozinho preso dentro de mim.
Livra-me, ó Senhor, destes malditos grilhões,
que me prendem a essas pústulas vicissitudes!
Livra-me, ó Senhor, das minhas mesquinhas atitudes!
Torna, a minha alma, aos velejos de noites calmas!
Livra-me, ó Senhor, dos tempos de tormentas sem fim!
Não deixai, ó Senhor, que eu morra sozinho,
terrivelmente preso dentro de mim.
Afasta de mim, ó senhor, o cálice ardente
da insensatez desse amor não correspondido...
Esse amor impetuoso, dependente, arredio.
Esse amor que me consome
Esse amor que me prende
Esse amor doentio!