Mar de rosa

Não chores a saudade, nem a santa vaidade
Da infância perdida, não chores o passado
Que em seu estado putrefato ficou esquecido...
Não chores, pois tudo tem início, meio e fim.

Não chores às velhas canções, o velho carnaval, 
Pelo ancião que já foi moço, sorria para vida
E contra a desventura não faças qualquer alvoroço

Chores por ti, pela emoção à hora que partires
E quando ficares sozinho não percas as estribeiras
Não cometas asneiras com quem te ama de verdade.

Vivas teus momentos sem lamento, a alegria é mais
Forte que bronze e refaz o pensamento, tomes o trem
Das onze, vá ao paraíso e só retorne no dia seguinte.

Assim a vida tornar-se-á um mar de rosa
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 25/10/2008
Reeditado em 25/10/2008
Código do texto: T1246934
Classificação de conteúdo: seguro