De um covarde para a sua musa.
Traços finitos e inacabáveis são.
Singelos expressam o significado da perfeição.
Juntos formam seu lindo rosto, como puro encanto.
Formam também a inspiração do poeta e o motivo do seu pranto.
Musa que, ao cruzar, me faz sorrir,
após passar, me faz chorar.
Doloroso e frio é o seu partir.
Sinfonia de silêncio é o seu voltar.
Meus braços longos estão prontos a lhe envolver;
na imensidão infindável do meu querer.
Seus passos medidos suavemente acariciam o chão,
e marcam o compasso do meu coração.
Meus olhos gritam ao te ver,
porém, minha boca seca não diz uma só palavra;
razão covarde do meu escrever,
para minha musa mais amada.