SEMPRE

Nada é tão obscuro quanto o véu da noite

Que apaga a luz da aurora.

Devagar, inesperadamente, sem demora.

E tão volumoso é o seu manto

Que encobre a minha memória.

Desnuda em segundos minha alma,

das verdades que guardei... Onde estão agora?

Faz de mim sua mensageira

Sua próxima vítima, sorrateira

E me encobre por inteira

em sua sombra manjedoura.

Leva-me contigo por toda vida

Para que eu então soberba,

No alto do manto aquecido

esteja,

sempre contigo.

Prisioneira.

Amarra-me no limo de suas pedras

e me guarneça de amor

Propicia a dor da despedida a esperança da espera

Sempre.

ao seu lado

Ka Risse
Enviado por Ka Risse em 22/10/2008
Código do texto: T1242154
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