MAIS RUDE
Dedilho a luz da lua
e o Anjo abre amão
esparramando vagalumes
e fadas cintilantes
no bosque dos lampejos divinos,
aonde eu permaneço soberano
de uma nudez coberta apenas
pela cor dos olhos teus
Além de mim há batalhas vagabundas
meu bilhete para o cosmos eu queimo
num arco-íris bravio de chamas
que despertam o que de mais rude
escondo em mim
E ao te amar na intensidade voraz
de uma posse que só é completa
quanto mais livre você da tutela,
me consumo nas chamas de um anjo
atirado ao abismo do ciúme
para nascer enfim da minha dor
um homem todo livre
dedicado a te amar além
do que possa o mundo entender