Evolução da paixão
Quando criança, estar só é passageiro
Até que surja alguém, e não interessa bem,
Quem será companheiro
Nas interações, lentamente se vai
Com o passar do tempo e o crescimento
Em um lento progresso da capacidade
Descobrindo o que de mentira e verdade
Surge sem aviso nas interações
Estar só é não estar com quem a gente prefere
Que quase não percebe o quanto que nos fere
Na simples passagem sem um aceno de mão
Se conhece então uma dor bem mais aguda
Que não há palavras que definam a ajuda
De que se precisa na ocasião
Segue a vida e esses calos nos protegem
De quantos envolvimentos ainda se revelem
Até que a distração nos pregue nova peça
Como a uma doença então nos entregamos
Sem nenhum sinal do que nós esperamos
Reporta à infância o quanto só ficamos