AMOR INFINITO


O amor que sinto por ti
É um amor tão bonito que suplanta a dor
de saber que o “amor infinito” que tu me juraste
não era amor.

Foste embora sem te despedir,
pois, eu, para ti, nada representava.
E sozinha, a chorar, percebi
que a beleza do amor, à dor suplantava.

E o choro que lavou o meu peito,
transformou o conceito que eu tinha do amor.
E assim, o que antes fazia que eu chorasse – e doía,

Hoje é alívio da dor.

É que o amor, quando o é de verdade,
Embeleza a saudade, e faz o ente sonhar
Sem o sofrimento da desilusão
Que só o amor-paixão faz o homem amargar.
.....
O amor de verdade, ama sem pedir.
Sem nada exigir. Ama por amar.
É entrega total, sem lampejo de dúvidas. E sem pejo.
Sem me envergonhar.

E, enfim, se não correspondido,
Não perde o sentido, por ser o que é:
Puro e belo – sem corruptelo.
Sendo o mais singelo sentimento do SER.





Natal/RN – 2001