SIMPLESMENTE MARIA
Maria somente, semente de um tempo
Maria seu canto, acalanto de amor
um sonho Maria, Maria de um templo
um templo és Maria, entre tantas Marias
que vence as fadigas, que planta uma flor.
Contemplas Maria, as estrelas da noite
sonha seu sonho, bendiz o sereno
Maria que encanta, que esconde seu pranto
sorri seu agrado e abraça se ao fardo
de um dia Maria, simplesmente Maria, ser o que és
Maria entre tantas,
Marias que um dia
qual luz da poesia se fez de perfume,
perfume mulher.
Mulher Maria, somente Maria
aroma da tarde, campina morena
no céu sem estrela és lua a brilhar.
Ah, Maria,
simplesmente és a rosa,
no jardim do infinito, nos caminhos do astros
nos trilhos, nos percalços
alimenta teus sonhos, nos prados nos campos,
e na areia do mar sacia o teu sonhar.
Perfumas teu canto, seu canto é sereno
Porque você não é, simplesmente Maria,
doce e querida Maria e mulher
Simplesmente não és uma só Maria
Mas unicamente, Maria José.
Guilhermino, São Paulo, 15 de março de 2004