Clausura
Sentencia-me a morte
Que não há sortilégio
Nem haverá privilégio
Nem haverei melhor sorte
Sedes, pois o carrasco
E te levanta em masmorras
E se me prendes, não morras
Eu claustro e tu frasco
Ouça meus versos e viva
Uma estrofe de clausura
Uma rima desdenhada
Nem sou amor, quem te priva
Sou a porta que emoldura
A sala por ti cadeada