Pobres poemas de Amor

Pobres poemas! Afogam-se de mansinho

Nos mares revoltos, refervem os céus sedentos

Dançando nas nuvens das imaginações, dos prantos

Tolas recordações rabiscadas de nada

Pálido papel, inerte do meu interior,

Asas que se erguem em lamento inferior

Nebulosos versos em arabescos

Que somem através de inertes labaredas

Sem rimas ardentes, sem aspirações profundas

Minha poesia finda no linear crepúsculo

Perdidas e toscas estrofes,fogem no ramalhete

De letras sem amor, afagando-se em poemas docemente