O FULCRO DO MEU CORAÇÃO

Como posso eu

Continuar

Se olho

Para o teu

Espaço vazio

E ainda vejo

(sobretudo sinto)

Um quente lugar

Cheio de coisas belas

Ternuras nunca ditas

Mas na pele

E sobretudo na alma

Imensamente sentidas

Ecos de um ano inteiro

De um Outono

Inverno

Primavera

Verão

E novamente Outono

Recordações

De um tempo

Que o foi

E ainda é

A chama que mantém

Acesa

O fulcro do meu coração

Que bate

Duma forma

Totalmente aleatória

Convictamente disléxica

Dessas palavras que te queria dar juntas

Mas que te dei

Dispersas…

Nas notas

Que transpus

Para a minha guitarra

De cordas desafinadas

Que fazem coro com a minha voz

Sem timbre

Sem emoção

Desde que partiste para sempre

Levando contigo

O Fulcro do meu coração

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 20/10/2008
Código do texto: T1238484
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