O FULCRO DO MEU CORAÇÃO
Como posso eu
Continuar
Se olho
Para o teu
Espaço vazio
E ainda vejo
(sobretudo sinto)
Um quente lugar
Cheio de coisas belas
Ternuras nunca ditas
Mas na pele
E sobretudo na alma
Imensamente sentidas
Ecos de um ano inteiro
De um Outono
Inverno
Primavera
Verão
E novamente Outono
Recordações
De um tempo
Que o foi
E ainda é
A chama que mantém
Acesa
O fulcro do meu coração
Que bate
Duma forma
Totalmente aleatória
Convictamente disléxica
Dessas palavras que te queria dar juntas
Mas que te dei
Dispersas…
Nas notas
Que transpus
Para a minha guitarra
De cordas desafinadas
Que fazem coro com a minha voz
Sem timbre
Sem emoção
Desde que partiste para sempre
Levando contigo
O Fulcro do meu coração