As cartas que te escrevo.

Escondo as cartas que para ti, escrevo.

Plenas de meus mais profundos segredos,

Deixo-as embaixo de meu travesseiro,

E as esqueço. Em ler não me atrevo.

Cansadas dos meus enredos,

As palavras se esquivam. Sou oleiro,

De grandes desatinos. Eis meus inventos:

As cartas que para ti escrevo, perdidas,

Entre os defeituosos monumentos;

Lágrimas exauridas, num montante de lenços;

Paginas de um amor, ao meio divididas;

Sonhos de uma vida, suspensos, pela despedida.

Um dia, vou postar as cartas que escrevi,

E quem sabe aí, eu consiga transformar,

Todo o amor que ainda sinto por ti,

Em resquícios de um amor e apenas recordar

Sem dor...

Priscila Neves
Enviado por Priscila Neves em 20/10/2008
Reeditado em 27/03/2009
Código do texto: T1238284
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.