Meu medo (Medo...)

Medo...
Não, não tenho medo da morte,
Já que logo no momento da concepção,
do átimo choque do oxigênio com os frágeis pulmões,
ao berro...,
choro...,
sopro de vida, ao nascer,
já caminhamos involuntariamente para a morte,
assim somos mortais.
Medo...
Sim, medo da impiedosa solidão,
o estar...,
o permanecer...,
o viver só.
Nem mesmo o amor,
frágil sentimento devastador,
é capaz de superar.
Pois o que adiante amar,
ser puro amor,
só respirar amor
e não tê-lo.
Medo...
Vício de amar sozinho.
Etienne Estrêla
Enviado por Etienne Estrêla em 19/10/2008
Reeditado em 25/11/2008
Código do texto: T1236988
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