POEMINHA NO ESCURO
De uma rosa amarela feita de cera,
Chega a luz para guiar letras.
O silêncio corrói o apartamento
E o sentimento de estar só
Parece ainda maior
No final de tarde banhado pelo escuro
Pego o teu riso de ontem
E coloco ante os olhos.
Tudo então ganha o gosto
Da necessária amplidão.
Foco teu rosto e te faço carinhos
Indiscretos ou não.
A vontade é a de te ter no colo.
De te tirar do solo fincado da distância
E te sorver como vinho precioso
E raro que o tempo faz mais belo.
A cera quente da flor amarela
Não aquece a falta nem aplaca a espera
Tão somente clareia o papel
Para que o tempo sem luz
Seja preenchido pela poesia
Que a tua presença gera
Tudo é um pouco angústia.
Tudo é um pouco véspera.
E o papel pousado sobre a mesa –
envelope velho em carta transmutado –
refaz os passos das nossas antigas brincadeiras.
E, assim,
O teu amor em mim é pura Primavera.
De uma rosa amarela feita de cera,
Chega a luz para guiar letras.
O silêncio corrói o apartamento
E o sentimento de estar só
Parece ainda maior
No final de tarde banhado pelo escuro
Pego o teu riso de ontem
E coloco ante os olhos.
Tudo então ganha o gosto
Da necessária amplidão.
Foco teu rosto e te faço carinhos
Indiscretos ou não.
A vontade é a de te ter no colo.
De te tirar do solo fincado da distância
E te sorver como vinho precioso
E raro que o tempo faz mais belo.
A cera quente da flor amarela
Não aquece a falta nem aplaca a espera
Tão somente clareia o papel
Para que o tempo sem luz
Seja preenchido pela poesia
Que a tua presença gera
Tudo é um pouco angústia.
Tudo é um pouco véspera.
E o papel pousado sobre a mesa –
envelope velho em carta transmutado –
refaz os passos das nossas antigas brincadeiras.
E, assim,
O teu amor em mim é pura Primavera.