Á sete chaves
Já vivi tantas ilusões,
Nesse mundo de sofrimentos e decepções,
Já me pregaram tantas peças,
E realmente nenhuma delas fez-me,
Sorrir.
Tudo é tão irônico,
Tua voz,
Tuas palavras,
Teu jeito de ser,
E principalmente o teu jeito de,
Olhar-me.
Nada nem ninguém,
Tem a capacidade de,
Mudar do dia para a noite,
E, porque tu terias?
Não, simplesmente não existe mutação,
Transformação assim,
Na verdade é que sou idiota
Pareço cega, á não conseguir,
Enxergar a verdade.
Tu me iludiste,
Assim como os outros o fizeram,
Usastes-me,
E abusaste de meus sentimentos mais,
Puros e sinceros.
Não sei o porquê,
Mas apesar de tantos planos,
Tuas últimas palavras,
Foram, adeus.
Simplesmente e somente acabou,
Não dá mais,
Não te quero,
E no fundo, concordamos em algo,
Nunca me quis.
Fui mais uma peça,
Do seu quebra-cabeça,
Que quando se encaixou,
Não havia mais sentido,
Em continuar a ter.
É como diz o velho, ditado,
Figurinha repetida,
Não completa um álbum,
Parece que tanta futileza,
Também faz parte,
De tua nobre, natureza.
Só queria um significado,
Para tudo isso,
Uma resposta,
Para nada dar certo,
Uma explicação,
Para tanta coisa,
Capaz de magoar um coração,
Mas a razão fala mais alto,
E me leva embora daqui.