Nefelibata
Doce utopia que me faz voar
Faço do nenúfar minha cama
E durmo contando as estrelas
Embalada pela doce maré
Pela manhã saio nadando
Ximburé vadio sem rumo
Vou ao lugar mais profundo do ser
Aquele que ninguém pode ver
O que me interessa não tem matéria
É diáfano, é imortal
Quando eu tirar as correntes irei mais longe
A torre ainda é alta para o vôo final
Tentarei quebrar as barreiras da separação
Encontrarei comigo mesma um dia
Sairei da gaiola dourada e verei a luz do dia
Liberdade! Que será isso?
Palavra desconhecida
O que se esconde lá fora?
Vou ao encontro do desconhecido
Com tanta fome de saber que nem importo
Se nessa busca infinita eu morrer
Só sei que quando puder pisar descalça a terra mãe
A liberdade vai se fazer constante
E vou cantar a vida inteira!