Nefelibata

Doce utopia que me faz voar

Faço do nenúfar minha cama

E durmo contando as estrelas

Embalada pela doce maré

Pela manhã saio nadando

Ximburé vadio sem rumo

Vou ao lugar mais profundo do ser

Aquele que ninguém pode ver

O que me interessa não tem matéria

É diáfano, é imortal

Quando eu tirar as correntes irei mais longe

A torre ainda é alta para o vôo final

Tentarei quebrar as barreiras da separação

Encontrarei comigo mesma um dia

Sairei da gaiola dourada e verei a luz do dia

Liberdade! Que será isso?

Palavra desconhecida

O que se esconde lá fora?

Vou ao encontro do desconhecido

Com tanta fome de saber que nem importo

Se nessa busca infinita eu morrer

Só sei que quando puder pisar descalça a terra mãe

A liberdade vai se fazer constante

E vou cantar a vida inteira!

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 18/10/2008
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