ASAS DA ALMA

Com todos fui apenas uma prisioneira,
Mas em tuas mãos minh’alma criou asas,
Sobrevoei com elas por sobre as casas,
Brancas com patamares de amoreiras.

O crepúsculo pintava o horizonte de cores,
De uma vermelha cor de sangue bem vivo,
E rabiscos amarelos formavam um atrativo,
Semelhante a um mar, de belas flores.

Entretanto, não entendeste o meu recado,
Que ficou perdido entre o sussurrar do vento,
E senti meu coração doído naquele momento,
Em que cortastes as asas que me havias dado.

Marco Orsi