Olhos que eu amei...

Ah! Olhos que eu amei, mais belos que as estrelas...

Olhos luminosos, olhos transparentes,

Em que se fitando se vislumbrava a alma...

Olhos que eu amei... Hoje tão carentes!...

Olhos que eu amei, em plena mocidade,

Que me percorriam dos pés à cabeça,

E me acariciavam, olhos que falavam,

Olhos que eu amei e que hoje já não vejo...

Emoldurando o rosto, em um terno riso,

Da maior beleza! Que doce perfeição!

Eram cor de mel, como seus cabelos,

Os “trigais maduros” em tardes de verão!

A sua voz suave e a palavra doce...

As cartas percorriam ligeiras, os espaços

E a cada dia, mesmo estando longe,

Sentíamos sempre o sabor do mesmo abraço!

Ah, um dia... Um mal-entendido,

Que carecia ser logo esclarecido,

Levou pra longe o meu bem-amado!

E eu o perdi, por pura sandice...

Mas não esqueci jamais o que ele disse

Porque lá no fundo, sempre é o bem-amado!...

ESPERANÇA
Enviado por ESPERANÇA em 17/10/2008
Código do texto: T1233338
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