Moinho vento

Como a roda do velho carro de boi girava
Teu pensamento, da palmeira esgarçada
Não se ouvia lamento, no rio que sereno
Corria não se via fendas por dentro.

A velha estrada de terra batida afundou,
A ponte de madeira que tremia caiu
A simplicidade esvaiu-se, a pureza
Findou-se criando o pensamento ardil.

Felizmente, das oligarquias quase nada
Restou, quem no campo lutava para cidade
Mudou-se, restou apenas o moinho de vento
Que do teu pensamento também debandou.

O progresso com seu manifesto  à Ciência 
Perfeição implantou, a Tecnologia Platão abandonou,
A comunicação no ar se espalhou, sofisticadas
Armas se inventou e o homem imbecil se matou.
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 17/10/2008
Reeditado em 17/10/2008
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