PELA PORTA ABERTA

Ah, que distraída eu fui!

Deixei a porta aberta.

Deixei.

Por ela entrou um sol que me sorriu.

Entrou alguém que no meu coração sempre existiu.

Entrou meu amor primeiro.

Daqueles tempos idos.

Distante amor da minha primeira manhã.

Ele veio e tomou minha mão.

A beijou.

Nunca mais daquele beijo minha alma se libertou.

Que distraída eu fui!

Deixei que adentrasse.

Que se instalasse.

Que se instalasse pra todo sempre no meu coração.

Se ele me faz feliz?

A mais feliz das mulheres.

E a mais triste.

Porque ele insiste.

Em me dizer não.

Quando eu quero um sim.

Mas é ele tudo.

Tudo pra mim.

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 17/10/2008
Reeditado em 19/04/2011
Código do texto: T1233150
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.