Engano: por quê?

Engano...

(Visita semanal a um Asilo de Velhinhas

onde a pessoa do poema faz trabalho

voluntário com música e canto.)

Entre um canto e outro, ela ria,

E contava histórias engraçadas,

E, com seu sorriso, contagia

Aquelas que se acham desgraçadas!

Suas mãos em prece eram carícias

Que por todas as velhinhas repartia!

Como era alegre em suas brejeirices

E quando a viam, todas já sorriam...

Quando ela saia, era uma tristeza!...

Mas com todas elas ficava a certeza

De que na outra semana ela voltaria...

O que as “vovós” nunca perceberam

É que por trás da alegria que lhes ofereceram

Havia uma mulher só... E como ela sofria!...

ESPERANÇA
Enviado por ESPERANÇA em 17/10/2008
Reeditado em 17/10/2008
Código do texto: T1233108
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