ACEPÇÃO DE UM ESTADO
Não sei se quem tomar conhecimento
desta forma de gritar,
compreenderá o meu brado.
Também não sei se alguém poderá
indagar sobre a razão, ou
condoer-se depois que ler.
Não! Não se preocupem nada se
modificou, o clamor é o mesmo
como é o desalento que continua
sendo meu fiel companheiro.
É que muitas vezes não
agüento o sufoco, e sou de imediato
acometido de algo estranho que
nem eu sei discernir, tão pouco
aquilatar seu tamanho...
E depois que acontece, meu estado
parece que é dominado pela
languidez, que tenho a impressão
que minhas estigmas não
permanecem sobre a areia..
Ninguém conhece as florestas de
enganos que carrego, nem do
esforço que faço para demonstrar
um tanto do que não tenho...
Mas vai chegar o dia em vou obter a
remissão, e mesmo que seja no ermo das ruínas
do meu ilusório castelo, mesmo assim, não vou
inquietar-me, afinal, já estou
habituado com a solidão...