ACEPÇÃO DE UM ESTADO

Não sei se quem tomar conhecimento

desta forma de gritar,

compreenderá o meu brado.

Também não sei se alguém poderá

indagar sobre a razão, ou

condoer-se depois que ler.

Não! Não se preocupem nada se

modificou, o clamor é o mesmo

como é o desalento que continua

sendo meu fiel companheiro.

É que muitas vezes não

agüento o sufoco, e sou de imediato

acometido de algo estranho que

nem eu sei discernir, tão pouco

aquilatar seu tamanho...

E depois que acontece, meu estado

parece que é dominado pela

languidez, que tenho a impressão

que minhas estigmas não

permanecem sobre a areia..

Ninguém conhece as florestas de

enganos que carrego, nem do

esforço que faço para demonstrar

um tanto do que não tenho...

Mas vai chegar o dia em vou obter a

remissão, e mesmo que seja no ermo das ruínas

do meu ilusório castelo, mesmo assim, não vou

inquietar-me, afinal, já estou

habituado com a solidão...

Wil
Enviado por Wil em 16/10/2008
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