A MUSA DOS MEUS ANSEIOS

Eu só preciso de migalhas de teu mínimo para edificar meu tudo;

O adeus a todo escuro, depende apenas dos raios emitidos por teu olhar;

Pisar o céu é contigo estar, ouvir tua voz é ao mundo ficar surdo;

Se um beijo me tirasse em furto, isso eu teria como imenso premiar!

Eu posso prescindir das primaveras, mas nunca abdicaria de teu perfume;

Esse que meu olfato assume e que te traz nas asas do concreto imaginário;

Troco a beleza do mar por outro cenário, o que reflete em teu espelho por costume;

O sol é comparado a um vaga-lume, perante o fulgor de teu encanto vário!

Não há perdas ou prejuízos nas investidas horas que te contemplam;

Se não te vejo meus desejos te inventam, e assim tu és onipresente;

Ornamento de meu querer latente, inspirações infindas que me alimentam;

Fantasias que não te isentam, a te pintar no meu sonhar tão recorrente!

Assim me satisfaço com a simpleza de tuas magnitudes;

E vou colhendo tuas atitudes pra replantá-las no solo de meus devaneios;

Lucrando nesses mágicos meios, onde em teus versos meigos me aludes;

Querendo teu sabor e seguindo tuas luzes, te desenhando em meus anseios!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 16/10/2008
Código do texto: T1231645
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.