O AMOR NÃO ME APARECE

Já, cansado de tanto esperar,

já começo, pois, a me lamentar,

porque que o amor não me aparece,

se, por aí, ele apronta, faz e acontece...

O que tenho eu que, não o mereço,

e, à procura de seu endereço

por todo canto, afoito, procuro,

se, escrito em placas, paredes e muros...

Já me disseram que, nem o carteiro

sabe ele, de seu paradeiro, mas, então,

o que será daquele que cartas lhe escreve,

a resposta delas não se recebe? É isso?

A aparecer em público não se atreve, talvês,

porque não fazem homenagem a seu tributo,

mas, e daí, o que se tem com isto?

Eu nada tenho a ver com tal fato falho...

A você que, por acaso sabes

do paradeiro do amor, mas não quer que fales,

me diga, sim, qual o motivo sórdido

que faz o amor agir desse modo mórbido?

AHH, já sei o que se sucede de momento,

arrogância e prepotência são dois elementos

que o seu estômago não digere, pois,

sua máquina digestiva do bem fere...

Se não quer que nada se desacelere,

então, ora, por favor, seu amor, convenha-se,

isso posto a seu respeito não mantenha-se,

quero seu endereço para encontrá-lo...

Se não sabes, saibas, pois, agora,

estou sozinho no caminho que só pó jorra,

digas ao tempo que a mim chovas,

chuva de de amor, peças, o tempo lhe obedece...

Josea de Paula
Enviado por Josea de Paula em 16/10/2008
Código do texto: T1231481
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