O AMOR NÃO ME APARECE
Já, cansado de tanto esperar,
já começo, pois, a me lamentar,
porque que o amor não me aparece,
se, por aí, ele apronta, faz e acontece...
O que tenho eu que, não o mereço,
e, à procura de seu endereço
por todo canto, afoito, procuro,
se, escrito em placas, paredes e muros...
Já me disseram que, nem o carteiro
sabe ele, de seu paradeiro, mas, então,
o que será daquele que cartas lhe escreve,
a resposta delas não se recebe? É isso?
A aparecer em público não se atreve, talvês,
porque não fazem homenagem a seu tributo,
mas, e daí, o que se tem com isto?
Eu nada tenho a ver com tal fato falho...
A você que, por acaso sabes
do paradeiro do amor, mas não quer que fales,
me diga, sim, qual o motivo sórdido
que faz o amor agir desse modo mórbido?
AHH, já sei o que se sucede de momento,
arrogância e prepotência são dois elementos
que o seu estômago não digere, pois,
sua máquina digestiva do bem fere...
Se não quer que nada se desacelere,
então, ora, por favor, seu amor, convenha-se,
isso posto a seu respeito não mantenha-se,
quero seu endereço para encontrá-lo...
Se não sabes, saibas, pois, agora,
estou sozinho no caminho que só pó jorra,
digas ao tempo que a mim chovas,
chuva de de amor, peças, o tempo lhe obedece...