A ESTRELA INESPERADA

A tarde nem dava sinais que findaria com páginas insólitas;

E as horas cinza e melancólicas se espreguiçavam nos marasmos;

Até que me apareceu o entusiasmo sob a forma de luzes mitológicas;

Confundindo minhas reações biológicas, induzindo-me ao tropeço dos engasgos!

Com timidez e maviosidade, tua ternura implodiu pelas trincheiras de meu agrado;

Me vi extasiado, a vislumbrar milhões de estrelas nas extensões de teu olhar;

Querendo tanto te falar, porém subtraído mediante intenso impulso atado;

Pela ética sufocado, posto ser aquele o marco inicial do prazer que foi te achar!

Não foi possível, entrementes, subjugar vazões de bem querer a me invadir;

Subitamente achei-me a anelar estar ali, perante o confronto de teu contato;

Daria reinos e fortunas por teu tato, e concretude aos improváveis por ti;

Só não queria outro rumo prosseguir, que me furtasse o teu sentir imediato!

E assim tornou-se em claro dia postergado, a minha noite andarilha;

Sofrendo açoite o meu pensar se via, com teu sorriso a me desfalecer;

Que outras tardes me permitam te rever, que me sejas estrela-guia;

Pois quando eu não te conhecia, a alegria tinha pouco a me oferecer!

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“Tal como te propôs meu coração, aqui eu te dedico esses versos, que vagam no imaginário da coletividade, mas fazem imenso sentido a nós dois”

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 16/10/2008
Reeditado em 16/10/2008
Código do texto: T1231378
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