A ESTRELA INESPERADA
A tarde nem dava sinais que findaria com páginas insólitas;
E as horas cinza e melancólicas se espreguiçavam nos marasmos;
Até que me apareceu o entusiasmo sob a forma de luzes mitológicas;
Confundindo minhas reações biológicas, induzindo-me ao tropeço dos engasgos!
Com timidez e maviosidade, tua ternura implodiu pelas trincheiras de meu agrado;
Me vi extasiado, a vislumbrar milhões de estrelas nas extensões de teu olhar;
Querendo tanto te falar, porém subtraído mediante intenso impulso atado;
Pela ética sufocado, posto ser aquele o marco inicial do prazer que foi te achar!
Não foi possível, entrementes, subjugar vazões de bem querer a me invadir;
Subitamente achei-me a anelar estar ali, perante o confronto de teu contato;
Daria reinos e fortunas por teu tato, e concretude aos improváveis por ti;
Só não queria outro rumo prosseguir, que me furtasse o teu sentir imediato!
E assim tornou-se em claro dia postergado, a minha noite andarilha;
Sofrendo açoite o meu pensar se via, com teu sorriso a me desfalecer;
Que outras tardes me permitam te rever, que me sejas estrela-guia;
Pois quando eu não te conhecia, a alegria tinha pouco a me oferecer!
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“Tal como te propôs meu coração, aqui eu te dedico esses versos, que vagam no imaginário da coletividade, mas fazem imenso sentido a nós dois”