... VENDAS DE CASTIDADE ...




“ VENDAS DE CASTIDADE “
Teus olhos cegos incendeiam fogo ao imaginar-me nua,
voam, sem rumo , perdidos nas paragens do meu corpo,
prisioneiro do perfume que exalam ao imaginar-me por
ti observada...
Mesmo com vendas de castidade,onde cegos, impedidos,
enxergam na escuridão.
Castigo? Burrice? Sei não...
Fui atingida em palavras e açoitada em tórridas labaredas.
Partiu de mim,o castigo...
Tatuada em teu corpo como jóia rara,
rasgada em pensamentos como poema inacabado,
deixado de lado...
Sou o silêncio barulhento de tua consciência,
arrependido por pecar sob a flor mais perfumada,
desejada, quase conquistada...
Sou o segrêdo desvendado em teu olhar de macho
envergonhado,
saciado pelo desejo de minha pele nua.
Em tua visão de poeta pensamentos passeiam em meu
jardim em flores,
à procura de mim, sua Orquídea, preterida entre as
mais belas, por ti já conquistada...
Cheio de certezas , agora choras... rei, soberano em tuas vontades,
incompreendido nos versos e palavras.
Anjo apaixonado, de luz, que ilumina meus dias...