Devolve...

É um ser sem “ser”

É um buscar sem busca

É um querer que não mais é dito...

A alma caminha

E eu não saio do lugar.

Não busco. Não procuro.

- Mas como quero buscar...

O pensamento voa

E o corpo se encolhe

E lembro momentos que, agora já não sei,

Se foram vividos ou se eu os sonhei...

O sonho andeja por lugares ermos

Onde a noite quieta não quer me acolher

Pois à solidão não me vai receber!

- Hoje nem sei se algum dia amei...

O silêncio me invade. Mas não saio do lugar.

Tua visão me perturba até onde há o Nada...

E teus olhos luminosos

Acendem luas no meu corpo, e ele brilha,

Mas logo se apagam. Acendem ilusão.

Fogos-fátuos dos campos, miragens, canção...

Sei apenas que me perdi no luar dos teus olhos...

- Quando “me devolverás” para mim

Para que eu encontre

A “minha” direção?...

- Pretendes pra sempre me manter em prisão?...

ESPERANÇA
Enviado por ESPERANÇA em 14/10/2008
Código do texto: T1228327
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