Devolve...
É um ser sem “ser”
É um buscar sem busca
É um querer que não mais é dito...
A alma caminha
E eu não saio do lugar.
Não busco. Não procuro.
- Mas como quero buscar...
O pensamento voa
E o corpo se encolhe
E lembro momentos que, agora já não sei,
Se foram vividos ou se eu os sonhei...
O sonho andeja por lugares ermos
Onde a noite quieta não quer me acolher
Pois à solidão não me vai receber!
- Hoje nem sei se algum dia amei...
O silêncio me invade. Mas não saio do lugar.
Tua visão me perturba até onde há o Nada...
E teus olhos luminosos
Acendem luas no meu corpo, e ele brilha,
Mas logo se apagam. Acendem ilusão.
Fogos-fátuos dos campos, miragens, canção...
Sei apenas que me perdi no luar dos teus olhos...
- Quando “me devolverás” para mim
Para que eu encontre
A “minha” direção?...
- Pretendes pra sempre me manter em prisão?...