O desenho roda e roda, desenho que alucina...
roda e roda, no dançar do compasso, ensina
a geometria árdua de estar vivo, de amar
em toda improvável esquina.
O compasso salta sobre a folha
branca
mundo aberto a imaginação tonta...
criamos traços, retas, curva
desenho vida
geometricamente incerto.
Eu já quis desenhar uma escada, menino ainda,
e subir rumo á lua, cheia, queijo, requeijão
o peso, o mata borrão, a borracha
apagaram a escada e a tentação.
Agora é geometria de acertos, quando muito
loucura permitida nos traços da linha da mão...
ciganamente alucinado, protesto
pelo traço que não traçou a união.