OS TRÊS ATOS
O meu primeiro ato é silenciar perante a voz de tua crise;
Compreender o meu deslize à luz dos injustificáveis;
Admitir que sejam indomáveis os rios de verdades que me dizes;
E quando me forem possíveis, justificar os passos impensáveis!
O meu segundo ato é atribuir esse remorso ao temor de te perder;
Olhando em teu olhar poder dizer o que as palavras não conseguem;
Admitindo as culpas que me seguem, mas proclamando o soerguer;
Revitalizando teu crer, a partir das francas lágrimas que me ferem!
O meu terceiro ato será o escrito que os tropeços não previram;
Dizer o que teus auditivos nunca ouviram, sem precisar sequer falar;
Um novo mundo edificar, alicerçado sobre os desacertos que ruíram;
Matar as ilusões que me traíram e viver somente pra te amar!