Esperança no ar

Uma borboleta batera em meu rosto
Levara todo o desgosto que houvera
Em mim, senti-me leve feito folha
De papel a flutuar exalando jasmim

A borboleta era verde, nascida talvez
Duma larva, um mandruvá residente
Na centenária palmeira, lá nas alturas,
Onde as mãos não podem alcançar

Tinha os olhos azuis, brilhavam
Qual divina luz, menina que nos faz
Sonhar, borboleta colorida, talvez
A vida não pode de fato te tocar.

Então meus versos encerram-se aqui
Sem nada mais a declarar.
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 12/10/2008
Reeditado em 23/10/2008
Código do texto: T1223892
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