NÃO SÃO MEUS

Se pudéssemos conter os ponteiros dos

relógios em seu obstinado caminhar,

se tivéssemos o poder de repelir os

infortúnios que insistem em nos fragilizar,

quiçá, na história não haveria

tantos esconderijos nas frias noites...

Se pudéssemos ao invés de baixar nossas

frontes e procurar novos espaços esféricos,

talvez empurrássemos para o abismo

tantos horizontes artificiais que vivem em nós..

Engenhosas são as forças que procuram

derrubar nossos ideais, seria tão bom

estarmos de esperanças, assim como

a mãe ansiosa, que espera seu renovo

para desabrochar com estilo frondoso .

Facilmente nos entregamos ao ostracismo,

nos recolhemos ao vazio onde

encontramos só nós e atados muitas

vezes, ou quase sempre, a um passado que

nos causou e causa repulsivos prejuízos...

Real melodrama de cada um, incluindo

o meu, por ser muito grande minha incúria

e indiferença. Mas vou aprumar-me e adequar-me

e arremessar para longe o que

faz caminhar por lugares que não são meus.

Wil
Enviado por Wil em 11/10/2008
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