Para sempre!
Eu aprendi a amar você,
sem querer...
sem notar...
sem sentir...
Como uma semente plantada às escondidas
que só se deixou contemplar,
uma vez realizada.
Não o amei de pronto
como uma entrega fácil
ou a proveito de uma oportunidade
De repente
eu o senti... pressenti...
Do fundo do meu coração
você acenava!
Eu aprendi a amar você
no seu silêncio de amor-oferta,
na sua disponibilidade de servir
na sua ternura evidente
que nunca pedia nada.
Amei-o,
de mansinho...
lentamente...
como um simples caminhar sem busca.
Sentindo-me amada...
protegida...
amparada...!
Amei-o
- simplesmente-
E agora o trago comigo...
Para sempre!
(RClaro, 1993)