Glamour

Pela calçada caminhava e olhava o mar
De maneira bem descontraída, tentando
Dar ao sentimento uma guarida,
O vento soprava seu rosto, amenizando
A dor do desgosto que o fazia chorar.

Afrescos nos edifícios o faziam sonhador,
Levando-o a pensar num mundo melhor, viver
No glamour do doce e verdadeiro paraíso,
No rosto de cada transeunte um sorriso
Cujo narcisismo fazia seu olhar chamejar.

Mas tudo era passageiro, pois sabia
Que aquele era momento de reflexão
Sobre o calçadão à beira-mar.
Atravessou a rua e de alma quase nua
Sedento de amor retornou ao seu lugar.
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 10/10/2008
Reeditado em 10/10/2008
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