amor-meu

Ceifas, de mim, amor-meu

Rasteiras sementes brotadas

Então lá não cresço, mais, eu

Lá morrem as folhas ceifadas

Plantas, por mim, amor-amado

Estrelas, lugar, em par

São luas de vasto luar,

Nos céus deste riso plantado

Colhes, em mim, amor-vil

O sopro ofegante, sentido

Crescido do querer mais sutil

Que resto, uma vez, colhido

De mim, amor-meu, é nada

Tão pouco, amor-vil e cego

Que em mim já me vou calado

Por mim, amor-meu, sê fada

Ceifado, amor-mil, não nego

Amor, meu amor-amado.