Ensaiando Amor
elisasantos
No universo que ainda produz estrelas
Na obra aberta do amor humano
O espelho da renovação... O incessante ensaio!
Da vida... Do amor... Em eterna construção!
Sujeita aos mares frios. Pérolas em eterno cultivo...
Às marés... Aos revezes. às ondas, às areias que se vão
Do solo, aos sóis, aos si e aos bemóis, ao coral
Aos acordes dissonantes e sons deslumbrantes...
Um enredo inacabável, das grutas profundas
Do diálogo com o espelho, com o halo do amor-próprio
Com as sombras da solidão, com as luzes das multidões
Das mães provendo as crias e dos lares em extinção ...
A divina investidura de trançar
Medir, cortar, quando teço mais um, um corte
Mais uma trama sedutora apresenta-se
Inspirando com seus fios sedutores
Outros e outros... tantos
O amor seguindo sendo da vida a propulsão.