SEM UMA LÁGRIMA...
Tiveste
Que te despedir
Sabendo demasiado bem
Para onde não ir…
Sem uma lágrima…
Deitada
Sabias que qualquer lugar era bom
Desde que Eu não estivesse lá
E foste embora
Logo na altura
Que me doía mais
De madrugada
Sem uma lágrima…
Porque na matemática sensorial
Dos dois
A culpa
Era mútua
Mas isso eram contas
Que farias depois
Depois do dia clarear
Pois sabias bem
Que não te iria procurar
Por te amar
Talvez um pouco
Nada demais
Porque sabias
Que embora nunca me tenhas visto assim
Eu iria verter
As lágrimas
Pelo nosso todo
De uma relação
A que faltou
A razão
E a sua parte de emoção
Nessa coisa ilógica
De termos envelhecido
Demasiado juntos
Nessa razão
Que de tão dissecada
Leva ao absurdo
De quem se ama
Nem sempre
Ficar junto…
Sem uma lágrima…